Entrevista com Tini (La Hora)

  Tini Stoessel: "O único que peço é igualdade de gênero"

   

  Por Ignacio Silva
Quinta, 31 de maio de 2018
  
  A ex Violetta volta ao Chile apresentando sua nova faceta: agora canta e escrebe canções urbanas.

  Tini estava enferma faltando apenas duas horas para seu primeiro concerto no Chile logo após deixar pra trás sua carreira como Violetta, quando a argentina começou a sentir os sintomas de um resfriado agresivo, “As vezes acontece! está com a turnê e de repente adoece, mas tem que sair igual. Esse dia me senti mau, não sei se estava com febre ou algo, mas sair e foi como não tivesse acontecendo nada. Foi um dos melhores shows da turnê porque não havia tido um público assim antes; eles tinham tal energia que me fizeram esqueçer de tudo”, conta a cantora, lembrando essa noite de 10 de setembro no Movistar Arena.
  Menos de um ano depois disso, Stoessel está de volta a Santiago (capital chilena) ainda que em uma situação diferente: após apresentar durante essa tarde um novo perfume, voltará ao recinto do Parque O’Higgins como atração do Radio Disney Vivo!

  O festival, em que esta sexta compartilhará com artistas como Piso 21 e Sebastián Yatra, será o palco onde apresentará a nova faceta musical na qual trabalhou durante o ano, desde que conheceu  a Andrés Torres e Mauricio Rengifo (a dupla por trás de "Despacito"). Con eles, ao lado, esteve gravando durante tres meses em Los Angeles, California, um segundo disco que verá a luz durante o segundo semestre, no qual a artista passa de pop eletronico de TINI (2016) a um som ligado a música urbana e o reggaetón.

“Acontece que para este novo disco propus a gravadora que queria fazer algo latino, porque sentia que me identificava muito. Creci com essa música, sou latina, então queria me arriscar e me propor esse desafio porque de verdade queria fazer. O levava no sangre”, diz a cantora, que alcançou a fama quando em 2012 protagonizou a serie Violetta do Disney Channel.
  As primeras pistas desse disco chgaram quando a argentina apresentou em outubro pasaado "Te Quiero Más", um single junto a Nacho, e seguido faz um mês por "Princesa", junto a Karol G.

“Gosto de colaborar com muitos artistas, sabendo que é recente meu segundo disco, que estou crescendo. É muito lindo ter o apoio deles, para mim é super importante”, argumenta Stoessel. Logo complementa: “E já vem mais. Em breve  vai sair una canção junto aos garotos do Morat e mais adiante tambem vou a lançar uma música junto a Sebastian Yatra, que é uma das mais especiais para mim nesse novo disco”.

- ¿Como se sentiu nesse novo gênero?
- Tem outro power, agente tambem o sentimos diferente, na hora de cantar la ao vivo tem outra energia completamente diferente. As duas são incriveis, Mas o reggaetón tem isso que te faz dançar ainda que não queira. É muito lindo desfrutar isso com as pessoas, porque tambem gostou muito de dançar nos shows, tenho minhas bailarinas e dançamos muito. E ver as pessoas dançando sensualmente ao escutar esse tipo de música é lindo; eu me divirto muito.

DO ZERO...

  Nos créditos de PRINCESA, além da dupla Torres e Rengifo, aparece o nome de Stoessel. E isso é uma situação inédita: em seu segundo álbum a cantante e atriz esteve pela primeira vez envolvida na criação das canções.

“Sim, estive envolvida do zero. Esse é um processo que, na verdade não havia feito. Não havia tido a possibilidade de viver lo com o primeiro disco e fazer com este segundo foi algo muito mais pessoal”, comenta.

E se aprofunda: “Em quase todas pude colocar minha experiencia. Falta pouco para que poçam conhecer o disco inteiro e, na verdade, é algo que me deixa nervosa porque é algo no que coloquei muito do meu coração”.

- ¿Se sente diferente ao cantar canções que tambem escreveu?
- Sim. É que subir no palco e cantar uma canção na que esteve desde o zera no processo é outro sentimento, muito mais pessoal.

- ¿Que busca expressar ao cantar essas musicas?
- Há coisas muito pessoais, de vivencias. Quero falar disso e quero transmitir através de uma canção. E há outras que não tem haver comigo, sómente com o amor em geral ou nas que me inspirei em outras historias de vida. Há algunas que sim e outras que não tem tanto haver comigo, escrivi mais no geral ou me inspirei em alguem que não era eu.

- ¿Teve o cuidado de não cair em letras machistas? O genero urbano recebe criticas por isso.
- Acredito que isso acontecia mais antes. Agora isso começou a mudar bastante, um pouco porque antes as mulheres não cantavam tanto esse tipo de música e agora somos muitas as que estamos encarando o gênero urbano e que estamos nos animando. Tanto homens como mulheres nos apoiamos mutuamente em fazer lo e é incrivel.

- ¿Mas acredita nas dandas do feminismo?
- Eu me considero uma pessoa que o único que pede é igualdade de genero, para ambos lados. Que seja igual para o homem e para a mulher. Básicamente isso.

AEROPORTO

Tini conta algo que aconteceu no aeroporto ao chegar no Chile: "Quando cheguei (esta quarta) no aeropuerto havia um cartaz gigante de Violetta. É algo que me passa em todos os lados e que, mesmo longe, me encanta”.

  A anédota da conta do que vive, que se mantem a personagem que a levou a fama, mesmo a que tenha deixado de interpretar la em 2015. “Mas é lindo que seja assim, porque é algo que sempre me vai orgulhar”, disse.

- ¿Como relembra essa fase?
- A lembro com muito amor. A verdade é que me deu muitas das coisas que tenho, me deu a posibilidade de fazer um monte de coisas. Violetta me formou como pessoa, porque tudo o que eu fui vivendo em minha vida foi ao lado desse projeto. Então o levo em meu coração e sempre será assim. Gosto que as pessoas o amem, que hoje em dia seguem falando desse projeto. Sempre será assim e sempre vou a lembrar com amor e muito carinho.

- ¿Gostaria de fazer em algum momento algo outra vez como esse projeto?
- Não sei se hoje em dia estou mentalizada para algo assim. Mas bom, nunca estou fechada para alguma participação especial. Gosto dos programas teens e sempe vou gostar.

  《Texto original de @DiarioLaHora/ tradução de Michael Borges》